quinta-feira, 22 de outubro de 2009



Aula do dia 10/09/09

História da Informática na Educação
José Armando Valente

Os primeiros computadores com capacidade de programação e armazenamento de informação começaram a ser comercializados em meados da década de 50, nessa época apareceram as primeiras experiências do seu uso na educação, o computador era usado praticamente para armazenar informação em uma determinada seqüência e transmiti-la ao aprendiz.
A informática na Educação, no Brasil, nasceu a partir do interesse de educadores de algumas universidades brasileiras motivados pelo que já vinha acontecendo em outros países como Estados Unidos da América e França.
O termo informação na educação refere-se no texto à inserção do computador no processo de ensino aprendizagem de conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de Educação. A informática na educação enfatiza o fato de o professor da disciplina curricular ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de alterar adequadamente atividades tradicionais de ensino-aprendizagem e atividades que usam o computador. Essas atividades podem ser tanto para continuar transmitindo a informação para o aluno e, portanto para reforçar o processo instrucionista, quanto para criar condições para o aluno construir o conhecimento.
Quando o aluno usa o computador para construir o seu conhecimento o computador passa a ser uma máquina para ser ensinado, proporcionando condições para o aluno descrever a resolução de problemas, usando linguagens de programação, refletir sobre os resultados obtidos e depurar suas idéias por intermédio da busca de novos conteúdos e novas estratégias. O uso do computador na criação de ambientes de aprendizagem que enfatizam a construção do conhecimento apresenta enormes desafios.
Primeiro implica em entender o computador como uma nova maneira de representar o conhecimento, provocando um redimensionamento dos conceitos já conhecidos e possibilitando a busca e compreensão de novas idéias e valores. Usá-lo com essa finalidade, requer a análise cuidadosa do que significa ensinar e aprender bem como, demanda rever o papel do professor nesse contexto.
Segundo, a formação desse professor envolve mais do que provê-lo com conhecimento sobre computadores. O seu preparo não pode ser uma simples oportunidade para passar informações, mas deve propiciar a vivencia de uma experiência que contextualiza o conhecimento que ele constrói. È o contexto da escola, a prática dos professores e a presença dos seus alunos que determinam o que deve ser abordado nos cursos de formação. Assim o processo de formação deve criar condições para o docente construir conhecimentos sobre as técnicas computacionais, entender porque e como integrar o computador na sua prática pedagógica, e ser capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica, possibilitando a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada para a resolução de problemas específicos de interesse de cada aluno. Dessa forma, o curso de formação deve criar condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e as experiências vividas durante a sua formação para a sua realidade de sala de aula, compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir.
Finalmente, a implantação da informática, como auxiliar do processo de construção do conhecimento, implica em mudanças na escola que vão além da formação do professor. È necessário que todos os segmentos da escola – alunos, professores, administradores e comunidade de pais – estejam preparados e suportem as mudanças educacionais necessárias para a formação de um novo profissional.

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